...anunciou-se a morte da poesia nestes tempos da pós modernidade... mas a poesia voltou simplesmente ao seu início, à origem mais remota, ao canto, à música...
Sábado, 18 de Dezembro de 2004
mutilado de esp'rança
Há uma rapariga de outro mundo, de um lugar distante que me fala como ninguém e me faz sentir como se não houvesse peso nas palavras... está lá longe mas a cada dia uma promessa de proximidade... escrevi uma carta ao pai natal... pedi um presente... o primeiro que pedi na vida...
Burbujas de amor - juan luis guerra
Tengo un corazón
Mutilado de esperanza y de razón
Tengo un corazón que madruga dondequiera
¡ay!
Y este corazón
Se desnuda de impaciencia
Ante tu voz
Pobre corazón
Que na atrapa su cordura
Quisiera ser un pez
Para tocar mi nariz en tu pecera
Y hacer burbujas de amor por dondequiera
Pasar la noche en vela
Mojado en ti
Un pez
Para bordar de corales (cayenas) tu cintura
Y hacer siluetas de amor bajo la luna
Saciar esta locura
Mojado en ti
Canta corazón
Con un ancla imprescindible de ilusión
Sueña corazón
No te nubles de amargura
Y este corazón
Se desnuda de impaciencia
Ante tu voz
Pobre corazón
Que no atrapa su cordura
Quisiera ser un pez
Para tocar mi nariz en tu pecera
Y hacer burbujas de amor por dondequiera
Pasar la noche en vela
Mojado en ti
Una noche
Para hundirmos hasta el fin
Cara a cara
Beso a beso
Y vivir
Por siempre
Mojado en ti
Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2004
é largar isto tudo e partir para um porto distante... o pireu?
From my balcony I send
One, two, three and four kisses to the world
Over the docks of Piraeus fly
One, two, three and four seagulls, I am told
How much Id love to have
One, two, three and four boys, proud and fine
And when one day they grow up
Theyll be manly and strong
For this precious port of mine
And when I come out of my door
There is no one in the world, there is
No one I dont love
And every night I close my eyes and I
Sleep and I know
Ill dream of them just like before
Jewels around my neck
A good-luck charm I carry
Because the night falls and I long
To find a perfect stranger
And seduce him with my song
So much Ive tried
Ive never found a port
To captivate my heart
As Piraeus does
And when the night falls
The air is filled with songs
With tunes and sounds and laughter
Bursting with life and youthful calls
pink martini - never on a sunday
Domingo, 12 de Dezembro de 2004
em momentos como estes... se não houvesse a música e a literatura...
Não me apetece muito continuar com este blog. É muito bonito poetar de amor mas é poesia todavia.
O resto do mundo anda um bocado vazio de mais.
Apelo à Poesia
Carlos Queirós
Por que vieste? Não chamei por ti!
Era tão natural o que eu pensava,
(Nem triste, nem alegre, de maneira
Que pudesse sentir a tua falta... )
E tu vieste,
Como se fosses necessária!
Poesia! nunca mais venhas assim:
Pé ante pé, covardemente oculta
Nas idéias mais simples,
Nos mais ingênuos sentimentos:
Um sorriso, um olhar, uma lembrança...
Não sejas como o Amor!
É verdade que vens, como se fosses
Uma parte de mim que vive longe,
Presa ao meu coração
Por um elo invisível;
Mas não regresses mais sem que eu te chame,
Não sejas como a Saudade!
De súbito, arrebatas-me, através
De zonas espectrais, de ignotos climas;
E, quando desço à vida, já não sei
Onde era o meu lugar...
Poesia! nunca mais venhas assim,
Não sejas como a Loucura!
Embora a dor me fira, de tal modo
Que só as tuas mãos saibam curar-me,
Ou ninguém, se não tu, possa entender
O meu contentamento,
Não venhas nunca mais sem que eu te chame,
Não sejas como a Morte