...anunciou-se a morte da poesia nestes tempos da pós modernidade... mas a poesia voltou simplesmente ao seu início, à origem mais remota, ao canto, à música...
Sábado, 19 de Fevereiro de 2005
o último de hoje... pois tinha de ser...
Receita de mulher
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como o âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos, então
Nem se fala, que olhem com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar as pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteia em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebal
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!)
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37º centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se se fechar os olhos
Ao abri-los ela não mais estará presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.
Vinicius
esta mulher - é louca!
Eu venho te trazer esta mulher... (s/ título)
Eu venho te trazer esta mulher é louca!... tem olhar de céu mas o céu é morto nos seus olhos
Toma, é tua! é bela, eu a vi nua... seus seios são fortes e ingênuos mas não são seios... sua face
É límpida como a face da Lua mas não é uma face é bela mas não é a beleza... Eu a encontrei vagando
Na rua e ela dizia: Quem eu sou? onde estou? para onde vou? milhares e milhares de vezes...
Eu venho te trazer esta criança porque sei que és bom, que não a recusas ai de mim, eu estou no fim das forças
Em vão a banhei, a perfumei, a alimentei, a deflorei e a repousei sobre a mais tépida das camas
E mostrei-lhe livros de história talvez a infância... e uma nódoa de sangue de uma velha pústula talvez a juventude...
Quem eu sou? onde estou? para onde vou? nada! apenas os gestos, longos gestos finitos de quem semeia
Tu talvez que és indolente, que nada fazes senão poemas que não te sustentam a família
E que não são o suor do teu corpo...
"São o suor da minha alma!"
Vinicius
Porque também a lua vive a vez derradeira a visão escrava
Uma mulher no meio do mar
(Sobre um desenho original de Almir Castro)
Na praia batida de vento a voz entrecontada chama
Dentro da noite amarga a grande lua está contigo e está com ela pousa o teu rosto sobre a areia!
A tua lágrima de homem ficará correndo sobre o teu corpo dormindo e te levará boiando
E talvez a tua mão inerme encontre a sua mão cheia de frio
Tudo está sozinho e o supremo abandono pousou sobre o corpo nu da que deixaste ir
A onda solitária é o berço do amor e há uma música eterna nas formas invisíveis
Passa o teu braço sobre o que foi o triste destroço de um outro mar bem mais revolto
E sentirás que nunca o pobre corpo foi mais flexuoso ao teu afago nem o olhar mais aberto ao teu desejo.
Afaga os seios que os seus beijos poluíram e que a água amante fez altos e serenos
Mergulha os dedos pela última vez na úmida cabeleira espessa que se vai abrir como as medusas
Porque também a lua vive a vez derradeira a visão escrava
Porque nunca mais também os olhos que estão parados te mostrarão o céu
E as linhas que vês desfeitas já pesam como que para o descanso do fundo que não atingirás.
Não sentes que é preciso que ela vá, vá dar morada às algas que lhe cobrirão amorosamente o corpo
Para fugir de ti que o cobrias apenas com a ardência imutável do teu desejo?
Oh, o amor que abre os braços à piedade!
Vinicius
Rio de Janeiro, 1935
este foi o poema de dia 14
Poemas para todas as mulheres
No teu branco seio eu choro.
Minhas lágrimas descem pelo teu ventre
E se embebedam do perfume do teu sexo.
Mulher, que máquina és, que só me tens desesperado
Confuso, criança para te conter!
Oh, não feches os teus braços sobre a minha tristeza não!
Ah, não abandones a tua boca à minha inocência, não!
Homem sou belo
Macho sou forte, poeta sou altíssimo
E só a pureza me ama e ela é em mim uma cidade e tem mil e uma portas.
Ai! Teus cabelos recendem à flor da murta
Melhor seria morrer ou ver-te morta
E nunca, nunca poder te tocar!
Mas, fauno, sinto o vento do mar roçar-me os braços
Anjo, sinto o calor do vento nas espumas
Passarinho, sinto o ninho nos teus pêlos...
Correi, correi, ó lágrimas saudosas
Afogai-me, tirai-me deste tempo
Levai-me para o campo das estrelas
Entregai-me depressa à lua cheia
Dai-me o poder vagaroso do soneto, dai-me a iluminação das odes, dai-me o cântico dos cânticos
Que eu não posso mais, ai!
Que esta mulher me devora!
Que eu quero fugir, quero a minha mãezinha quero o colo de Nossa Senhora!
Vinicius
Rio de Janeiro, 1938
pourquoi, pourquoi avoir fait çà?
Et même - Francoise Hardy - 1964 (Paroles/Musique:- Françoise Hardy)
et même si pour toi, rien n'a changé vraiment
et même si tu m'aimes autant qu'avant
peut-être que j'ai tort, sans doute as-tu raison
mais pour moi tout est remis en question
et même si notre amour est le seul important
si elle ne fut qu'un caprice d'un instant
il y a quelque chose qu'en toi je n'aime plus
quelque chose qui me semble à tout jamais perdu
pourquoi, pourquoi avoir fait çà
plus rien n'est semblable pour moi
tout me semble changé
et tu me paraît soudain étranger
et même si un jour ça devait arriver
et si je sais qu'il faut n'y plus penser
toi tu n'y penses plus, mais je ne vois que çà
je ne vois que cette autre fille dans tes bras
eu também sei...
Eu Sei que Vou Te Amar
(Vinícius de Morais/Tom Jobim)
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
(declamando:)
De tudo ao meu amor serei atento,
Antes e com tal zelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento,
Quero vivê-lo cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso, e derramar meu pranto,
Ao seu pesar, ou ao seu contentamento,
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive,
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer, do amor que tive,
Que não seja imortal, posto que é chama,
Mas que seja , infinito, enquanto dure.
Nights when we sang like a heavenly choir
paul mcartney
Mull of kintyre
Oh mist rolling in from the sea,
My desire is always to be here
Oh mull of kintyre
Far have I traveled and much have I seen
Dark distant mountains with valleys of green.
Past painted deserts the sunsets on fire
As he carries me home to the mull of kintyre.
Mull of kintyre
Oh mist rolling in from the sea,
My desire is always to be here
Oh mull of kintyre
Sweep through the heather like deer in the glen
Carry me back to the days I knew then.
Nights when we sang like a heavenly choir
Of the life and the time of the mull of kintyre.
Mull of kintyre
Oh mist rolling in from the sea,
My desire is always to be here
Oh mull of kintyre
Smiles in the sunshine
And tears in the rain
Still take me back to where my memories remain
Flickering embers growing higher and higher
As they carry me back to the mull of kintyre
Mull of kintyre
Oh mist rolling in from the sea,
My desire is always to be here
Oh mull of kintyre
Mull of kintyre
Oh mist rolling in from the sea,
My desire is always to be here
Oh mull of kintyre
só o tempo...
Only Time
~ Enya
(Roma Ryan)
Who can say where the road goes
Where the day flows
Only time
And who can say if your love grows
As your heart chose
Only time Who can say why your heart sighs
As your love flies
Only time
And who can say why your heart cries
When your love lies
Only time
Who can say when the roads meet
That love might be
In your heart
And who can say when the day sleeps
If the night keeps
All your heart
Night keeps all your heart
Who can say if your love grows
As your heart chose
Only time
And who can say where the road goes
Ahere the day flows
Only time
Who knows
Only time
Who knows
Only time
Forever honest and true to you
If I Could Turn Back the Hands of Time
~ R. Kelly
How did I ever let you slip away
Never knowing I'd be singing this song some day
And now I'm sinking, sinking to rise no more
Ever since you closed the door
If I could turn, turn back the hands of time
Then my darlin' you'd still be mine
If I could turn, turn back the hands of time
Then darlin' you, you'd still be mine
Funny, funny how time goes by
And blessings are missed in the wink of an eye
Why oh why oh why should one have to go on suffering
When every day I pray please come back to me
If I could turn, turn back the hands of time
Then darlin' you, you would be mine
If I could turn, turn back the hands of time
Then my darlin' you'd still be mine
And you had enough love for the both of us
But I, I, I did you wrong, I admit I did
But now I'm facing the rest of my life alone
Whoa
If I could turn, turn back the hands of time
Then my darlin' you'd, you would be mine
If I could turn, turn back the hands of time
Then my darlin' you'd still be mine
I'd never hurt you (If I could turn back)
Never do you wrong (If I could turn back)
And never leave your side (If I could turn back)
If I could turn back the hands
There'd be nothing I wouldn't do for you
(If I could turn back)
Forever honest and true to you
(If I could turn back)
If you accept me back in your heart,
I love you (If I could turn back the hands)
(If I could turn back)
That would be my will
(If I could turn back)
Darlin' I'm begging you to take me by the hands
(If I could turn back the hands)
I'm going down, yes I am
(If I could turn back)
Down on my bended knee, yeah
(If I could turn back)
And I'm gonna be right there until you return to me
(If I could turn back the hands)
(If I could turn back)
If I could just turn back that little clock on the wall
(If I could turn back)
Then I'd come to realize how much I
Love you
(If I could turn back the hands)
Love you
(If I could turn back the hands)
Love you
(If I could turn back the hands)
Love you
For once in my life
For Once in My Life
~ Stevie Wonder
For once in my life
I have someone who needs me
Someone I needed so long
For once unafraid
I can go where life leads me
And somehow I know Ill be strong
For once I can touch
What my heart used to dream of
Long before I knew
Ooh, ooh, ooh, someone like you
Would ever dream of makin my dreams come true
For once in my life
I wont let sorrow hurt me
Not like its hurt me before, oh
For once I have something I know won't desert me
Cause Im not alone anymore
For once I can say
This is mine, you cant take it
Long as I know Ive got love I can make it
For once in my life
Ive got that someone who needs me
Mmm...hmm...hmm...
For once I can say
This is sho nuff mine, you cant take it
Long as I know Ive got love I can make it
For once in my life
Ive got that someone who needs me
Oh, yes, he does
Ive got that someone who needs me
He told me this mornin that he needed me
Mmm...mmm...I believe
Got bruises on my heart and sometimes I get dark
Autobiography
~ Ashlee Simpson
You think you know me
Word on the street is that you do
You want my history
What others tell you won't be true
I walked a thousand miles while everyone was asleep
Nobody's really seen my million subtleties
Got stains on my t-shirt and I'm the biggest flirt
Right now I'm solo, but that will be changing eventually, oh
Got bruises on my heart and sometimes I get dark
If you want my auto, want my autobiography
Baby, just ask me
I hear you talking
Well, it's my turn now
I'm talking back
Look in my eyes
So you can see just where I'm at
I walked a thousand miles to find one river of peace
I walked a million more to find out what this shit means
Got stains on my t-shirt and I'm the biggest flirt
Right now I'm solo, but that will be changing eventually, oh
Got bruises on my heart and sometimes I get dark
If you want my auto, want my autobiography
Baby, just ask me
I'm a bad ass girl in this messed up world
I'm the sexy girl in this crazy world
I'm a simple girl in a complex world
A nasty girl, you wanna get with me?
You wanna mess with me?
Got stains on my t-shirt and I'm the biggest flirt
Right now I'm solo, but that will be changing eventually, oh
I laugh more than I cry
You piss me off, good-bye
Got bruises on my heart and sometimes I get dark
If you want my auto, want my autobiography
Baby, just ask me
you... among the flowers...
Daydream - wallace collection
Daydream, I fell asleep amid the flowers
for a couple of hours on a beautiful day
Daydream, I dreamed of you amid the flowers
for a couple of hours, such a beautiful day!
I dreamed of the places I've been with you
how we sat with the stream flowing by
And then when I kissed you and held you
So near tell me why, tell me why you're so shy?
Daydream, I fell asleep amid the flowers
for a couple of hours on a beautiful day
Daydream, come share a dream amid the flowers
For a couple of hours on a beautiful day
I dreamed of the places I've been with you
how we sat with the stream flowing by
And then when I kissed you and held you so near
tell me why, tell me why you're so shy?
Daydream, I sing with you amid the flowers
for a couple of hours, singing all of the day
Je devrais arriver / Ou je devrais dormir
Message personnel
Paroles: Françoise Hardy. Musique: Michel Berger 1973
{parlé:}
Au bout du téléphone, il y a votre voix
Et il y a des mots que je ne dirai pas
Tous ces mots qui font peur quand ils ne font pas rire
Qui sont dans trop de films, de chansons et de livres
Je voudrais vous les dire
Et je voudrais les vivre
Je ne le ferai pas,
Je veux, je ne peux pas
Je suis seule à crever, et je sais où vous êtes
J'arrive, attendez-moi, nous allons nous connaître
Préparez votre temps, pour vous j'ai tout le mien
Je voudrais arriver, je reste, je me déteste
Je n'arriverai pas,
Je veux, je ne peux pas
Je devrais vous parler,
Je devrais arriver
Ou je devrais dormir
J'ai peur que tu sois sourd
J'ai peur que tu sois lâche
J'ai peur d'être indiscrète
Je ne peux pas vous dire que je t'aime peut-être
{chanté:}
Mais si tu crois un jour que tu m'aimes
Ne crois pas que tes souvenirs me gênent
Et cours, cours jusqu'à perdre haleine
Viens me retrouver
Si tu crois un jour que tu m'aimes
Et si ce jour-là tu as de la peine
A trouver où tous ces chemins te mènent
Viens me retrouver
Si le dégoût de la vie vient en toi
Si la paresse de la vie
S'installe en toi
Pense à moi
Pense à moi
Mais si tu crois un jour que tu m'aimes
Ne le considère pas comme un problème
Et cours, cours jusqu'à perdre haleine
Viens me retrouver
Si tu crois un jour que tu m'aimes
N'attends pas un jour, pas une semaine
Car tu ne sais pas où la vie t'emmène
Viens me retrouver
Si le dégoût de la vie vient en toi
Si la paresse de la vie
S'installe en toi
Pense à moi
Pense à moi.
Mais si tu...
{instrumental}
apesar dele...
Apesar de você
Chico Buarque de Holanda
*
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
amor sem se dar
Letra e música: Vinicius de Moraes
Carlos Coutinho
--------------------------------------------------------------------------------
Eu sem você,
Não sei nem porquê,
Porque sem você,
Não sei nem chorar,
Sou chama sem luz,
Jardim sem luar,
Luar sem amor,
Amor sem se dar.
E eu sem você,
Sou só desamor,
Sou barco sem mar,
Sou campo sem flor,
Tristeza que vai,
Tristeza que vem,
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém.
Ah, que saudade,
Que vontade de ver renascer nossa vida,
Volta querido,
Os meus braços precisam dos teus,
Teus abraços precisam dos meus.
Estou tão sozinha,
Tenho os olhos cansados de olhar para o além,
Vem ver a vida,
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém.
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém...
Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2005
a inocência do grande amor...
MON MANÈGE Á MOI - Edith Piaf
Tu me fais tourner la tête
Mon manège à moi, c'est toi
Je suis toujours à la fête
Quand tu me tiens dans tes bras
Je ferais le tour du monde
Ça ne tournerait pas plus que ça
La terre n'est pas assez ronde
Pour m'étourdir autant que toi...
Ah! Ce qu'on est bien tous les deux
Quand on est ensemble nous deux
Quelle vie on a tous les deux
Quand on s'aime comme nous deux
On pourrait changer de planète
Tant que j'ai mon cur près du tien
J'entends les flons-flons de la fête
Et la terre n'y est pour rien
Ah oui! Parlons-en de la terre
Pour qui elle se prend la terre?
Ma parole, y a qu'elle sur terre!!
Y a qu'elle pour faire tant de mystères!
Mais pour nous y a pas d'problèmes
Car c'est pour la vie qu'on s'aime
Et si y avait pas de vie, même,
Nous on s'aimerait quand même
Car...
Tu me fais tourner la tête
Mon manège à moi, c'est toi
Je suis toujours à la fête
Quand tu me tiens dans tes bras
Je ferais le tour du monde
Ça ne tournerait pas plus que ça
La terre n'est pas assez ronde...
Mon manège à moi, c'est toi!